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Profissionais e estudantes discutem sobre Arquitetura Negra e Sustentável no Amapá

  • Foto do escritor: Jolinda Ferreira
    Jolinda Ferreira
  • há 15 horas
  • 3 min de leitura

Pérola Pedrosa


ARQUITETURA NEGRA

A capital amapaense abriga o maior número de afrodescendentes do estado e pela primeira vez está sendo discutido a importância do negro na arquitetura.
A capital amapaense abriga o maior número de afrodescendentes do estado e pela primeira vez está sendo discutido a importância do negro na arquitetura.

Iniciou na sexta-feira, 25, o 1º Encontro de Profissionais e Estudantes de Arquitetura Negros do Amapá, promovido pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Amapá (CAU/AP) e finaliza no sábado, 26, com o tema “Favela, Quilombo, Arquitetura Inclusiva e Sustentabilidade”.


A capital amapaense abriga o maior número de afrodescendentes do estado e pela primeira vez está sendo discutido a importância do negro na arquitetura, segundo a presidente da Central Única das Favelas do Amapá (Cufa-AP), Alzira Nogueira, que destacou a importância dessa temática.


“Esse evento é muito especial porque traz para esse campo da arquitetura e o urbanismo o debate sobre questões raciais e desigualdades. Se trata de pensar a arquitetura a partir das experiências de povos periféricos, povos quilombolas, comunidades ribeirinhas, populações de favela. Para as populações que vivem nas favelas, que enfrentam o racismo ambiental, que enfrentam injustiças nas suas condições de vida, no acesso a bens, como a qualidade da água, o sistema de esgoto. Então, todas essas questões estão sendo tratadas aqui nesses dois dias e a gente acha fundamental. Certeza que hoje é um dia histórico que está abrindo um debate que ainda vai avançar muito no Amapá, porque o Amapá é terra preta e a gente precisa discutir sobre isso”, ressalta Alzira.

A programação incluiu palestras, oficinas, rodas de conversas e manifestações culturais, com profissionais de renome nacional abordando os desafios e as oportunidades no contexto de vulnerabilidade, como a do baiano João Gabriel Silva Santos que trouxe sua experiência com seu projeto Sala Preta.


“Então tem uma sala preta que é a Mentoria Termativa, que embora seja da Bahia, atende o Brasil inteiro, então a gente tem mais de 50 alunos atualmente, que estamos indo para a segunda turma, e a ideia é qualificar arquitetos no mercado de trabalho, então ensino desde precificação até mesmo a seção desses projetos no mercado. A ideia é conseguir transmitir para vocês o máximo possível dessa qualificação profissional, para que vocês também consigam entender um pouquinho sobre o que é posicionamento no mercado da arquitetura, como atuar, como conseguir oferecer seu serviço e fazer com que você cresça, mesmo estando, sei lá, em um lugar desprivilegiado, eu falo que eu vim do zero e consegui construir uma carreira de arquiteto a nível nacional, então é possível, e é isso. A metodologia”, relata o arquiteto.

O baiano João Gabriel trouxe sua experiência com o projeto Sala Preta.
O baiano João Gabriel trouxe sua experiência com o projeto Sala Preta.

De acordo com Ronaldo Carvalho, Conselheiro Estadual do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Amapá e coordenador da Comissão de Políticas Urbanas e Ambientais, pretende ampliar a representatividade de arquitetos negros e apoiar a criação de políticas públicas urbanas mais justas e inclusivas, conectadas com realidades quilombolas e periféricas.


“Então é fundamental que se discuta a arquitetura dentro, a relevância do negro que construiu Macapá, que está aqui construindo Macapá e que dentro ainda mais o protagonismo do negro, que hoje nós temos profissionais renomados que atuam e a gente quer trazer esses profissionais para que falem, para que inspirem mais ainda pessoas e que eles possam entender que os espaços deles estão lá e a gente precisa realmente cobrar e tentar entender que tem mais pessoas que querem, mas muitas vezes não tem essa oportunidade. Então a gente quer oportunizar também através dessa discussão para que as pessoas se inspirem e cada vez mais avancem”, explica o conselheiro.

A acadêmica Júlia Mourinho, de Arquitetura e Urbanismo na Unifap, destaca o conhecimento e a troca de experiência que o encontra proporciona para ela e outros estudantes.


“A importância de um evento sobre arquitetura negra é que é muito bom para a gente aprender mais sobre isso e para a gente desenvolver melhor uma atividade de arquitetura ribeirinha, amazônica, para a gente desenvolver melhor nossos projetos e a importância disso para alunos é justamente isso. E não só para alunos, mas para arquitetos, sim, para a gente ter mais visibilidade e importância dentro da arquitetura”.

O evento recebe o apoio do Governo do Estado do Amapá, Associação dos Municípios do Estado do Amapá (AMEAP), União dos Negros do Amapá (UNA), instituições de ensino e coletivos culturais.


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