Marcelo Guido
A iniciativa é do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher do Amapá (Cedimap) e tem como objetivo ampliar o debate sobre os direitos da mulher, fortalecendo a participação nas políticas públicas e envolvendo a comunidade escolar na discussão sobre equidade e protagonismo juvenil.
O projeto, que foi apresentado em Macapá durante a 1ª Reunião Ordinária do ano da Cedimap, agora chegará a Mazagão. Para falar sobre o assunto, o “Bom dia Difusora” recebeu em sua bancada a conselheira Dandara Souza, que falou sobre a expectativa da chegada do projeto no município.
“A gente espera que possamos alcançar as mulheres do município, as meninas do município, para tratar sobre políticas transversais para as mulheres, não só no município de Mazagão, mas no Estado todo. A gente pensa, depois de Mazagão, em levar isso para outros municípios, capilarizar isso de uma forma mais estratégica para o Conselho e para a sociedade, para que a gente possa estabelecer um diálogo, não só agora, mas um diálogo permanente com a sociedade, e iniciar por Mazagão é extremamente significativo, porque a gente vai falar muito sobre cultura nesses eventos também, nesses encontros, a gente vai chamar de rodas de conversa ou rodas de diálogo, para trazer as demandas da população, e Mazagão é um ponto cultural do Estado imenso, tem uma importância gigante na nossa cultura, então a gente pensa em começar por aí, nesse sentido”, contou a conselheira.
Dandara falou ainda sobre a chegada do projeto nos demais 14 municípios do estado, visto que já foi apresentado em Macapá e está chegando em Mazagão.
“A gente pensa e já, em abril ou maio, já estamos articulando uma visita ao município de Oiapoque, porque nesses encontros, além de cultura, claro, também em Mazagão vamos tratar sobre saúde da mulher, né? Mas principalmente em Oiapoque, nós vamos tratar sobre a questão das mulheres em situação de fronteira, né? As zonas de prostituição que, assim, acontecem muitos desaparecimentos, assassinatos violentos de mulheres lá, que muitas vezes não entram para a estatística porque não são relatados. A gente só sabe porque lá a gente tem o CRAN Oiapoque, né? Que faz essa tratativa por lá, mas muitas vezes esses assassinatos ou desaparecimentos nem chegam até a gente aqui na capital.”
O projeto é uma iniciativa do próprio colegiado do Conselho, que entende a urgência da interação direta entre o Conselho e a sociedade, propondo o fortalecimento e a autonomia de redes comunitárias e institucionais no estado, utilizando metodologias participativas e atividades culturais para fomentar reflexões críticas e ações transformadoras na pauta da mulher. Fazem parte do projeto as Secretarias de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPM), de Educação (Seed), de Cultura (Secult) e de Comunicação (Secom).
O lançamento em Mazagão está confirmado para o dia 06 de fevereiro e ocorrerá nas dependências da Escola Murillo Braga.
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